United States Marine
Platoon Presentation
O United States Marine Corps; abreviação oficial: USMC é um ramo das Forças Armadas dos Estados Unidos. Embora o Corpo de Fuzileiros Navais inicialmente servisse somente na segurança de navios da Marinha americana e em táticas anfíbias de guerra, o Corpo de Fuzileiros Navais evoluiu gradualmente até se tornar numa força militar individualizada, com múltiplos objetivos nas forças armadas americanas.
O Corpo de Fuzileiros Navais, com aproximadamente 202 mil fuzileiros navais na ativa e mais 40 mil na reserva, é o maior Corpo de Fuzileiros Navais do mundo, que incluem também o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Guarda Costeira. Apenas a Guarda Costeira é menor. Em termos absolutos, porém, o Corpo de Fuzileiros Navais é maior do que as forças armadas de muitos países; é maior, por exemplo, do que o Exército Britânico.
Tanto o Corpo de Fuzileiros Navais quanto a Marinha americana são administradas e controladas pelo Departamento da Marinha dos Estados Unidos. Apesar de serem dois órgãos militares distintos, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Marinha trabalham em estreita colaboração.
Missão :.
O Corpo de Fuzileiros Navais atua como um elemento versátil de combate, e está adaptado para servir em uma grande variedade de operações de combate. O Corpo de Fuzileiros Navais era inicialmente composto por forças de infantaria de combate servindo em navios da Marinha, e eram responsáveis pela segurança dos navios, dos capitães destes navios e outros oficiais. Atuavam também em operações ofensivas e defensivas durante desembarques militares e em ataques anfíbios. O Corpo de Fuzileiros Navais foi o responsável pelo grande desenvolvimento das táticas de assalto anfíbios americanas durante a Segunda Guerra Mundial, com maior destaque no Oceano Pacífico.
Desde sua criação em 1775, os objetivos do Corpo de Fuzileiros Navais foram consideravelmente alargados. Os fuzileiros navais americanos possuem uma única missão dentro das forças armadas americanas. "O Corpo de Fuzileiros Navais deverá, em qualquer momento, ser capaz de desempenhar as suas tarefas em fortes e instalações militares americanas, no litoral ou em qualquer outra missão em terra, onde o Presidente, em sua discrição, ordenar". Por isto, o Corpo de Fuzileiros Navais possui uma capacidade especial, o de realizar tarefas dadas diretamente pelo Presidente dos Estados Unidos, atuando assim como um órgão militar com múltiplas finalidades, uma força de resposta rápida, capaz de realizar ações rapidamente em áreas que requerem intervenção de emergência.
O Corpo de Fuzileiros Navais (os Marines) possui elementos militares terrestres e aéreos, e depende da Marinha americana para o fornecimento de elementos de combate naval para realizar sua missão como a "Força 9-1-1 dos Estados Unidos da América". Os elementos terrestres e aéreos do Corpo de Fuzileiros Navais estão em sua maioria organizados em três Forças Expedicionárias do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, em inglês, sua abreviação oficial é MEF). O primeiro MEF está sediada em Camp Pendlenton, Califórnia, a segunda MEF está sediada em Camp LeJeune, Carolina do Norte, e a terceira está baseada em Okinawa, Japão. Os MEFs, por sua vez, estão divididos em Divisões do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Divisions, abreviação oficial é MARDIVS), e em Forças e Grupos de Serviço e Apoio (Force Service Support Groups, abreviação oficial é FSSG). O Corpo de Fuzileiros Navais americano também possui uma força tática especial, a Força de Reconhecimento do Corpo de Fuzileiros Navais. Esta força tática especial consiste em grupos de fuzileiros navais especialmente treinados em táticas de reconhecimento e cobertura, e seu objetivo é o de patrulhar o inimigo e reportar o que acharem. Já elementos aéreos são agrupados em três Asas, Marine Aircraft Wings (MAWs).
As táticas e as doutrinas do Corpo de Fuzileiros Navais tentem a dar ênfase na agressividade e no ataque, comparado à táticas empregadas pelo exército americano para unidades similares. O Corpo de Fuzileiros Navais é creditado com o desenvolvimento de diversas manobras de guerra, como a utilização de helicópteros no campo de batalha e em operações anfíbias modernas.
O Corpo de Fuzileiros Navais também mantém uma cultura de operação e treinamento onde ênfase é dado para as habilidades de combate de cada fuzileiro naval. Todos os fuzileiros navais recebem primeiramente treinamento básico de infantaria, e por isto, a função básica do Corpo de Fuzileiros Navais é o de um corpo de infantaria.
Apesar disto, o Corpo de Fuzileiros Navais não cobre necessariamente objetivos únicos de combate. Isto acontece, porém, somente quando o exército, a marinha e a força aérea americana estão a cobrir juntas uma dada área onde o Corpo de Fuzileiros Navais está também a cobrir. Como uma força de combate, os fuzileiros navais usam constantemente todos os elementos essenciais de combate - ar, terra e mar - juntas. Enquanto que a criação de comandos conjuntos, no Ato de Goldwater-Nichols, têm melhorado serviço de coordenação entre as três maiores divisões da força armada americana - Exército, Marinha e Força Aérea - a habilidade do Corpo de Fuzileiros Navais em manter forças multi-elementos integradas sob a tutela de um único comando dá ao Corpo de Fuzileiros Navais uma habilidade especial, o de flexibilidade e a responder requerimentos de urgência.
O Corpo de Fuzileiros Navais diz que eles não tomam o lugar de outros órgãos militares americanos, e também diz que isto não deve ocorrer - tal como, por exemplo, uma ambulância que tomasse o lugar de um hospital. Mesmo assim, quando uma emergência desenvolve-se, o Corpo de Fuzileiros Navais essencialmente atua como um primeiro recurso, indo e segurando uma dada área problemática até que outros ramos das forças armadas americanas possam ser mobilizadas. A opinião de militares americanos não pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais e de políticos em relação ao Corpo de Fuzileiros Navais tem variado com o tempo. Por exemplo, o Presidente americano Harry S. Truman considerou abolir o Corpo de Fuzileiros Navais como parte da reorganização das forças armadas americanas em 1948. Ele afirmou que "a única máquina de propaganda que faz frente ao de Stalin é o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. Truman, que fora um capitão do exército americano, acreditava que o Corpo de Fuzileiros Navais era inútil, apesar do várias operações bem-sucedidas na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia.
Um exemplo desta capacidade pôde ser visto em 1990, quando a vigésima segunda Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais conduziu a Operação Navalha Afiada, uma operação de evacuação na cidade de Monróvia, Libéria. A Libéria então passava por um período de guerra civil, e cidadãos americanos e de outros países na Libéria não podiam deixar o país através de métodos convencionais. A Operação Navalha Afiada terminou em sucesso, e apenas uma única equipe de reconhecimento sofreu fogo. Nenhum lado sofreu baixas, e os fuzileiros navais recuaram centenas de civis em algumas horas para navios da marinha americana esperando próximos à costa.
Reputação :.
O Corpo de Fuzileiros Navais possui uma reputação de ser uma força eficiente e agressiva de combate, e os fuzileiros navais orgulham-se de sua atitude entusiasta, e possuem uma forte confiança em sua corrente de comando e na importância de "espírito de corpo", um espírito de entusiasmo e orgulho em si próprio e nos demais companheiros. O corpo de fuzileiros navais ganhou notoriedade pelas operações de que participou, e é uma da forças mais temidas pelos inimigos. Durante a Guerra do Golfo, após as forças iraquianas terem sofrido pesadas baixas durante a primeira batalha da guerra, o General do Exército americano Norman Schwarzkopf usou uma demonstração pública de um fuzileiro naval desembarcando em Kuwait e o porto de Umm Qasr para forçar a retirada das forças iraquianas do Kuwait, enquanto o Exército americano executava uma invasão do Oeste.
Também acredita-se que iraquianos, durante a Guerra do Golfo e da Invasão do Iraque, em 2003, tomaram nota especial dos helicópteros Cobra do Corpo de Fuzileiros Navais, bem como do uniforme distintivo de combate dos fuzileiros navais. O Corpo de Fuzileiros Navais passou a aproveitar-se desta vantagem psicológica, através da criação de um novo uniforme militar que torna mais fácil a diferenciação dos fuzileiros navais de outros soldados atuando em outros ramos das forças armadas americanas.
O Corpo de Fuzileiros Navais também recentemente iniciou o "programa de artes marciais do Corpo de Fuzileiros Navais", uma ideia baseada dos fuzileiros navais sediados na Coreia do Sul, que treinam em artes marciais. Ao longo da Guerra do Vietnã, rumores existiam que todos os fuzileiros navais da Coreia do Sul eram faixa pretas. Espera-se que ao longo do século XXI missões de paz em áreas urbanas tornarão-se cada vez mais comuns, o que fará com que fuzileiros navais aproximem-se cada vez mais de civis não-armados. Acredita-se que os fuzileiros navais irão beneficiar-se de opções não-letais para o controle de indivíduos hostis não armados.
A reputação do Corpo de Fuzileiros Navais tem permanecido em sua maioria positivo em anos recentes, ao menos dentro dos Estados Unidos, mesmo assim, o Corpo de Fuzileiros Navais tem sofrido com ocasionais comentários negativos da imprensa, bem como perceções negativas. Em vários conflitos, membros de outros órgãos das forças armadas do Estados Unidos tem feito reclamações contra o Corpo de Fuzileiros Navais, de que esta muitas vezes dá ênfase à própria organização à custa da reputação de unidades do Exército ou da Marinha próximas. Um exemplo ocorreu durante a Batalha do Reservatório de Chosin, durante a Guerra da Coreia, quando um fuzileiro naval, o General Chesty Puller desdenhou do regimento do Exército americano que havia inicialmente tomado o ataque chinês. Além disso, a tradição de agressividade do Corpo de Fuzileiros Navais e a perceção pública deste órgão militar como uma organização agressiva e de elite dentro das forças armadas dos Estados Unidos levou por vezes à tona acusações de bullying, assédio e humilhação desde a Segunda Guerra Mundial.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a reputação do Corpo de Fuzileiros Navais foi abalada por diversas vezes. O primeiro evento foi o Incidente de Ribbon Creek, em 8 de abril de 1956, quando o Sargento de Armas Mathew Mckeon liderou seu pelotão em um riacho pantanoso na Ilha Parris, com o propósito de disciplinar seu pelotão. McKeon violou diversas regras básicas e regulações do Corpo de Fuzileiros Navais. No final, seis recrutas morreram, tendo afogado nas águas pantanosas por causa de exaustão e de hipotermia. McKeon foi processado, o caso recebeu intensa cobertura da imprensa, e o Congresso abriu um inquérito para investigar o caso. Apesar disto, McKeon foi condenado no final a três meses de prisão, a sua patente foi diminuída para recruta, e após ter servido os três meses de punição, voltou a trabalhar no Corpo de Fuzileiros Navais, tendo sido elevado à categoria de Sargento novamente em um ano.
Este incidente foi revivido em um filme criado no final da década de 1980, Full Metal Jacket. Este filme, embora relativamente baseado no Incidente de Ribbon Creek, estava completamente localizado durante a era do Vietnã. Mesmo assim, o filme projetou alguma atenção nacional ao treinamento básico do Corpo de Fuzileiros Navais.
Outro prolema enfrentado pelo Corpo de Fuzileiros Navais são suas tropas estacionadas em Okinawa, Japão. Nas últimas décadas, a população de Okinawa e do Japão tem pedido e pressionado pela remoção dos cerca de 35 mil fuzileiros navais estacionados na ilha, especialmente após divulgações de abuso cometidos por tais fuzileiros navais. Em 1995, por exemplo, três fuzileiros navais sequestraram e estupraram uma menina de 12 anos, levando à grandes protestos e ao grande crescimento do sentimento antiamericano em Okinawa.
Infantaria
Equipa de ataque: Quatro fuzileiros
Esquadrão: Três Equipas de ataque e um sargento ou um cabo como um líder de esquadrão.
Pelotão
Pelotão de armas.
Pelotão de espingardas.
Companhia
Companhia de Armas
Companhia quartel-general e suporte
Batalhão: Três ou quatro companhias, liderado por um Tenente-Coronel.
Regimento: Três ou quatro batalhões, liderado por um Coronel.
Brigada: Pouco comum no Corpo de Fuzileiros Navais, tipicamente composta por um ou mais regimentos e comandado por um Brigadeiro General.
Divisão: Três ou quatro regimentos, liderados por um Major-General.
Batalhões e unidades maiores possuem um Sargento-Major e um oficial executivo como segundo em comando, mais oficiais e outros para: Administração (S-1), Inteligência (S-2), Operações (S-3), Logística (S-4), Relações civis [apenas em tempos de guerra] (S-5) e Comunicações (S-6).
Atualmente, o Corpo de Fuzileiros Navais possui quatro divisões:
A 1a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Pendlenton, Oceanside, Califórnia.
A 2a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Lejeune, Jacksonville, Carolina do Norte.
A 3a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Smedley Butler, Okinawa, Japão.
A 4a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais, uma divisão de reserva, está localizada em New Orleans, Louisiana, cujas unidades estão dispersas por todo país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, mais duas Divisões foram criadas: a 5a Divisão e a 6a Divisão, que lutaram no Guerra do Pacífico. Estas divisões foram desmanteladas após o fim da guerra.
Forças de tarefa ar-terra
A organização do Corpo de Fuzileiros Navais é flexível, e forças de tarefa podem ser formadas a qualquer momento, e podem possui qualquer tamanho. Atualmente, divisões modernas do Corpo de Fuzileiros Navais são baseados primariamente na doutrina da força de tarefa ar-terra (Marine air-ground task force, ou MAGTF). Uma força de tarefa ar-terra pode possuir qualquer tamanho, tamanho que é baseada na quantidade de força necessária em uma dada situação. Porém, todas as forças de tarefa ar-terra são organizadas similarmente entre si.
Uma força de tarefa ar-terra possui quatro elementos: o Elemento de Comando (Command Element, CE), o Elemento de Combate Terrestre (Ground Combat Element, CGE), o Elemento de Combate Aéreo (air combat element, ACE) e o Elemento de Serviço e Suporte de Combate (Combat Service Support Element, CSSE).
Elemento de Combate - uma unidade quartel-general que comanda os outros elementos.
Elemento de Combate Terrestre - geralmente, infantaria suportado por tanques, artilharia, escoteiros, forças de reconhecimento, atiradores e controladores aéreos.
Elemento de combate aéreo - inclui qualquer aeronaves, seus pilotos e o pessoal de manutenção, bem como as unidades necessárias para o comando e o controle da aviação.
Elemento de Serviço e Suporte de Combate - inclui todas as unidades de suporte de uma dada força de tarefa ar-terra: comunicações, engenheiros, médicos e enfermeiros, e unidades de logística, mas certos grupos especializados como equipes de entrega aérea e de suporte de desembarque.
O menor tipo de força de tarefa ar-terra é a Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Unit, ou MEU). A Unidade Expedicionária está treinada para operar como uma força independente ou como parte de uma força de tarefa conjunta. Os quatro elementos que compõem uma Unidade Expedicionária estão organizados da seguinte forma: O Elemento de Combate é o quartel-general para uma dada Unidade Expedicionária, e é geralmente liderada por um Coronel (O-6). O Elemento de Combate Terrestre é a Equipe-Batalhão de Desembarque, e é um batalhão de infantaria reforçado com tanques, artilharia, veículos anfíbios, engenheiros, e outros veículos de combate. O Elemento de Combate Terrestre é composta por um esquadrão de aviões e helicópteros. O Elemento de Serviço e Suporte de Combate é o Grupo de Serviço e Suporte da Unidade Expedicionária, que está encarregada de administrar as logísticas da Força Expedicionária. A composição de uma Unidade Expedicionária depende da tarefa a ser realizada, dependendo desta tarefa, unidades adicionais de artilharia, tanques e aviões podem ser adicionados, incluindo esquadrões de F/A-18 Hornets e Harriers.
Existem geralmente três Unidades Expedicionárias assinaladas a cada uma das Frotas da Marinha Americana do Pacífico e do Atlântico, com outra Unidade Expedicionária em Okinawa. Enquanto uma Unidade Expedicionária está em missão, outra Unidade está em treinamento, pronto para realizar esta dada missão, e uma terceira está em descanso e remanejamento. Cada Unidade Expedicionária é avaliada pelo Corpo de Fuzileiros Navais, em relação à capacidade de realizar operações especiais.
Uma Brigada Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Brigade, ou MEB) é maior do que uma Unidade Expedicionária, e possui contingentes aéreos e de suporte maiores.
Uma Força Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, ou MEF) é composta por uma divisão de fuzileiros navais juntamente com um regimento de artilharia, diversões batalhões de tanques e uma asa. A 1a Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, criada em 8 de novembro de 1969, que foi enviado ao Iraque em 1991, durante a Guerra do Golfo, e também ao Iraque mais recentemente, em 2003, consiste em duas divisões de fuzileiros navais mais uma força considerável de unidades aéreas e de unidades de suporte.
O Corpo de Fuzileiros Navais, com aproximadamente 202 mil fuzileiros navais na ativa e mais 40 mil na reserva, é o maior Corpo de Fuzileiros Navais do mundo, que incluem também o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Guarda Costeira. Apenas a Guarda Costeira é menor. Em termos absolutos, porém, o Corpo de Fuzileiros Navais é maior do que as forças armadas de muitos países; é maior, por exemplo, do que o Exército Britânico.
Tanto o Corpo de Fuzileiros Navais quanto a Marinha americana são administradas e controladas pelo Departamento da Marinha dos Estados Unidos. Apesar de serem dois órgãos militares distintos, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Marinha trabalham em estreita colaboração.
Missão :.
O Corpo de Fuzileiros Navais atua como um elemento versátil de combate, e está adaptado para servir em uma grande variedade de operações de combate. O Corpo de Fuzileiros Navais era inicialmente composto por forças de infantaria de combate servindo em navios da Marinha, e eram responsáveis pela segurança dos navios, dos capitães destes navios e outros oficiais. Atuavam também em operações ofensivas e defensivas durante desembarques militares e em ataques anfíbios. O Corpo de Fuzileiros Navais foi o responsável pelo grande desenvolvimento das táticas de assalto anfíbios americanas durante a Segunda Guerra Mundial, com maior destaque no Oceano Pacífico.
Desde sua criação em 1775, os objetivos do Corpo de Fuzileiros Navais foram consideravelmente alargados. Os fuzileiros navais americanos possuem uma única missão dentro das forças armadas americanas. "O Corpo de Fuzileiros Navais deverá, em qualquer momento, ser capaz de desempenhar as suas tarefas em fortes e instalações militares americanas, no litoral ou em qualquer outra missão em terra, onde o Presidente, em sua discrição, ordenar". Por isto, o Corpo de Fuzileiros Navais possui uma capacidade especial, o de realizar tarefas dadas diretamente pelo Presidente dos Estados Unidos, atuando assim como um órgão militar com múltiplas finalidades, uma força de resposta rápida, capaz de realizar ações rapidamente em áreas que requerem intervenção de emergência.
O Corpo de Fuzileiros Navais (os Marines) possui elementos militares terrestres e aéreos, e depende da Marinha americana para o fornecimento de elementos de combate naval para realizar sua missão como a "Força 9-1-1 dos Estados Unidos da América". Os elementos terrestres e aéreos do Corpo de Fuzileiros Navais estão em sua maioria organizados em três Forças Expedicionárias do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, em inglês, sua abreviação oficial é MEF). O primeiro MEF está sediada em Camp Pendlenton, Califórnia, a segunda MEF está sediada em Camp LeJeune, Carolina do Norte, e a terceira está baseada em Okinawa, Japão. Os MEFs, por sua vez, estão divididos em Divisões do Corpo de Fuzileiros Navais (Marine Divisions, abreviação oficial é MARDIVS), e em Forças e Grupos de Serviço e Apoio (Force Service Support Groups, abreviação oficial é FSSG). O Corpo de Fuzileiros Navais americano também possui uma força tática especial, a Força de Reconhecimento do Corpo de Fuzileiros Navais. Esta força tática especial consiste em grupos de fuzileiros navais especialmente treinados em táticas de reconhecimento e cobertura, e seu objetivo é o de patrulhar o inimigo e reportar o que acharem. Já elementos aéreos são agrupados em três Asas, Marine Aircraft Wings (MAWs).
As táticas e as doutrinas do Corpo de Fuzileiros Navais tentem a dar ênfase na agressividade e no ataque, comparado à táticas empregadas pelo exército americano para unidades similares. O Corpo de Fuzileiros Navais é creditado com o desenvolvimento de diversas manobras de guerra, como a utilização de helicópteros no campo de batalha e em operações anfíbias modernas.
O Corpo de Fuzileiros Navais também mantém uma cultura de operação e treinamento onde ênfase é dado para as habilidades de combate de cada fuzileiro naval. Todos os fuzileiros navais recebem primeiramente treinamento básico de infantaria, e por isto, a função básica do Corpo de Fuzileiros Navais é o de um corpo de infantaria.
Apesar disto, o Corpo de Fuzileiros Navais não cobre necessariamente objetivos únicos de combate. Isto acontece, porém, somente quando o exército, a marinha e a força aérea americana estão a cobrir juntas uma dada área onde o Corpo de Fuzileiros Navais está também a cobrir. Como uma força de combate, os fuzileiros navais usam constantemente todos os elementos essenciais de combate - ar, terra e mar - juntas. Enquanto que a criação de comandos conjuntos, no Ato de Goldwater-Nichols, têm melhorado serviço de coordenação entre as três maiores divisões da força armada americana - Exército, Marinha e Força Aérea - a habilidade do Corpo de Fuzileiros Navais em manter forças multi-elementos integradas sob a tutela de um único comando dá ao Corpo de Fuzileiros Navais uma habilidade especial, o de flexibilidade e a responder requerimentos de urgência.
O Corpo de Fuzileiros Navais diz que eles não tomam o lugar de outros órgãos militares americanos, e também diz que isto não deve ocorrer - tal como, por exemplo, uma ambulância que tomasse o lugar de um hospital. Mesmo assim, quando uma emergência desenvolve-se, o Corpo de Fuzileiros Navais essencialmente atua como um primeiro recurso, indo e segurando uma dada área problemática até que outros ramos das forças armadas americanas possam ser mobilizadas. A opinião de militares americanos não pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais e de políticos em relação ao Corpo de Fuzileiros Navais tem variado com o tempo. Por exemplo, o Presidente americano Harry S. Truman considerou abolir o Corpo de Fuzileiros Navais como parte da reorganização das forças armadas americanas em 1948. Ele afirmou que "a única máquina de propaganda que faz frente ao de Stalin é o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América. Truman, que fora um capitão do exército americano, acreditava que o Corpo de Fuzileiros Navais era inútil, apesar do várias operações bem-sucedidas na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia.
Um exemplo desta capacidade pôde ser visto em 1990, quando a vigésima segunda Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais conduziu a Operação Navalha Afiada, uma operação de evacuação na cidade de Monróvia, Libéria. A Libéria então passava por um período de guerra civil, e cidadãos americanos e de outros países na Libéria não podiam deixar o país através de métodos convencionais. A Operação Navalha Afiada terminou em sucesso, e apenas uma única equipe de reconhecimento sofreu fogo. Nenhum lado sofreu baixas, e os fuzileiros navais recuaram centenas de civis em algumas horas para navios da marinha americana esperando próximos à costa.
Reputação :.
O Corpo de Fuzileiros Navais possui uma reputação de ser uma força eficiente e agressiva de combate, e os fuzileiros navais orgulham-se de sua atitude entusiasta, e possuem uma forte confiança em sua corrente de comando e na importância de "espírito de corpo", um espírito de entusiasmo e orgulho em si próprio e nos demais companheiros. O corpo de fuzileiros navais ganhou notoriedade pelas operações de que participou, e é uma da forças mais temidas pelos inimigos. Durante a Guerra do Golfo, após as forças iraquianas terem sofrido pesadas baixas durante a primeira batalha da guerra, o General do Exército americano Norman Schwarzkopf usou uma demonstração pública de um fuzileiro naval desembarcando em Kuwait e o porto de Umm Qasr para forçar a retirada das forças iraquianas do Kuwait, enquanto o Exército americano executava uma invasão do Oeste.
Também acredita-se que iraquianos, durante a Guerra do Golfo e da Invasão do Iraque, em 2003, tomaram nota especial dos helicópteros Cobra do Corpo de Fuzileiros Navais, bem como do uniforme distintivo de combate dos fuzileiros navais. O Corpo de Fuzileiros Navais passou a aproveitar-se desta vantagem psicológica, através da criação de um novo uniforme militar que torna mais fácil a diferenciação dos fuzileiros navais de outros soldados atuando em outros ramos das forças armadas americanas.
O Corpo de Fuzileiros Navais também recentemente iniciou o "programa de artes marciais do Corpo de Fuzileiros Navais", uma ideia baseada dos fuzileiros navais sediados na Coreia do Sul, que treinam em artes marciais. Ao longo da Guerra do Vietnã, rumores existiam que todos os fuzileiros navais da Coreia do Sul eram faixa pretas. Espera-se que ao longo do século XXI missões de paz em áreas urbanas tornarão-se cada vez mais comuns, o que fará com que fuzileiros navais aproximem-se cada vez mais de civis não-armados. Acredita-se que os fuzileiros navais irão beneficiar-se de opções não-letais para o controle de indivíduos hostis não armados.
A reputação do Corpo de Fuzileiros Navais tem permanecido em sua maioria positivo em anos recentes, ao menos dentro dos Estados Unidos, mesmo assim, o Corpo de Fuzileiros Navais tem sofrido com ocasionais comentários negativos da imprensa, bem como perceções negativas. Em vários conflitos, membros de outros órgãos das forças armadas do Estados Unidos tem feito reclamações contra o Corpo de Fuzileiros Navais, de que esta muitas vezes dá ênfase à própria organização à custa da reputação de unidades do Exército ou da Marinha próximas. Um exemplo ocorreu durante a Batalha do Reservatório de Chosin, durante a Guerra da Coreia, quando um fuzileiro naval, o General Chesty Puller desdenhou do regimento do Exército americano que havia inicialmente tomado o ataque chinês. Além disso, a tradição de agressividade do Corpo de Fuzileiros Navais e a perceção pública deste órgão militar como uma organização agressiva e de elite dentro das forças armadas dos Estados Unidos levou por vezes à tona acusações de bullying, assédio e humilhação desde a Segunda Guerra Mundial.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a reputação do Corpo de Fuzileiros Navais foi abalada por diversas vezes. O primeiro evento foi o Incidente de Ribbon Creek, em 8 de abril de 1956, quando o Sargento de Armas Mathew Mckeon liderou seu pelotão em um riacho pantanoso na Ilha Parris, com o propósito de disciplinar seu pelotão. McKeon violou diversas regras básicas e regulações do Corpo de Fuzileiros Navais. No final, seis recrutas morreram, tendo afogado nas águas pantanosas por causa de exaustão e de hipotermia. McKeon foi processado, o caso recebeu intensa cobertura da imprensa, e o Congresso abriu um inquérito para investigar o caso. Apesar disto, McKeon foi condenado no final a três meses de prisão, a sua patente foi diminuída para recruta, e após ter servido os três meses de punição, voltou a trabalhar no Corpo de Fuzileiros Navais, tendo sido elevado à categoria de Sargento novamente em um ano.
Este incidente foi revivido em um filme criado no final da década de 1980, Full Metal Jacket. Este filme, embora relativamente baseado no Incidente de Ribbon Creek, estava completamente localizado durante a era do Vietnã. Mesmo assim, o filme projetou alguma atenção nacional ao treinamento básico do Corpo de Fuzileiros Navais.
Outro prolema enfrentado pelo Corpo de Fuzileiros Navais são suas tropas estacionadas em Okinawa, Japão. Nas últimas décadas, a população de Okinawa e do Japão tem pedido e pressionado pela remoção dos cerca de 35 mil fuzileiros navais estacionados na ilha, especialmente após divulgações de abuso cometidos por tais fuzileiros navais. Em 1995, por exemplo, três fuzileiros navais sequestraram e estupraram uma menina de 12 anos, levando à grandes protestos e ao grande crescimento do sentimento antiamericano em Okinawa.
Infantaria
Equipa de ataque: Quatro fuzileiros
Esquadrão: Três Equipas de ataque e um sargento ou um cabo como um líder de esquadrão.
Pelotão
Pelotão de armas.
Pelotão de espingardas.
Companhia
Companhia de Armas
Companhia quartel-general e suporte
Batalhão: Três ou quatro companhias, liderado por um Tenente-Coronel.
Regimento: Três ou quatro batalhões, liderado por um Coronel.
Brigada: Pouco comum no Corpo de Fuzileiros Navais, tipicamente composta por um ou mais regimentos e comandado por um Brigadeiro General.
Divisão: Três ou quatro regimentos, liderados por um Major-General.
Batalhões e unidades maiores possuem um Sargento-Major e um oficial executivo como segundo em comando, mais oficiais e outros para: Administração (S-1), Inteligência (S-2), Operações (S-3), Logística (S-4), Relações civis [apenas em tempos de guerra] (S-5) e Comunicações (S-6).
Atualmente, o Corpo de Fuzileiros Navais possui quatro divisões:
A 1a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Pendlenton, Oceanside, Califórnia.
A 2a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Lejeune, Jacksonville, Carolina do Norte.
A 3a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais está localizada em Camp Smedley Butler, Okinawa, Japão.
A 4a Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais, uma divisão de reserva, está localizada em New Orleans, Louisiana, cujas unidades estão dispersas por todo país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, mais duas Divisões foram criadas: a 5a Divisão e a 6a Divisão, que lutaram no Guerra do Pacífico. Estas divisões foram desmanteladas após o fim da guerra.
Forças de tarefa ar-terra
A organização do Corpo de Fuzileiros Navais é flexível, e forças de tarefa podem ser formadas a qualquer momento, e podem possui qualquer tamanho. Atualmente, divisões modernas do Corpo de Fuzileiros Navais são baseados primariamente na doutrina da força de tarefa ar-terra (Marine air-ground task force, ou MAGTF). Uma força de tarefa ar-terra pode possuir qualquer tamanho, tamanho que é baseada na quantidade de força necessária em uma dada situação. Porém, todas as forças de tarefa ar-terra são organizadas similarmente entre si.
Uma força de tarefa ar-terra possui quatro elementos: o Elemento de Comando (Command Element, CE), o Elemento de Combate Terrestre (Ground Combat Element, CGE), o Elemento de Combate Aéreo (air combat element, ACE) e o Elemento de Serviço e Suporte de Combate (Combat Service Support Element, CSSE).
Elemento de Combate - uma unidade quartel-general que comanda os outros elementos.
Elemento de Combate Terrestre - geralmente, infantaria suportado por tanques, artilharia, escoteiros, forças de reconhecimento, atiradores e controladores aéreos.
Elemento de combate aéreo - inclui qualquer aeronaves, seus pilotos e o pessoal de manutenção, bem como as unidades necessárias para o comando e o controle da aviação.
Elemento de Serviço e Suporte de Combate - inclui todas as unidades de suporte de uma dada força de tarefa ar-terra: comunicações, engenheiros, médicos e enfermeiros, e unidades de logística, mas certos grupos especializados como equipes de entrega aérea e de suporte de desembarque.
O menor tipo de força de tarefa ar-terra é a Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Unit, ou MEU). A Unidade Expedicionária está treinada para operar como uma força independente ou como parte de uma força de tarefa conjunta. Os quatro elementos que compõem uma Unidade Expedicionária estão organizados da seguinte forma: O Elemento de Combate é o quartel-general para uma dada Unidade Expedicionária, e é geralmente liderada por um Coronel (O-6). O Elemento de Combate Terrestre é a Equipe-Batalhão de Desembarque, e é um batalhão de infantaria reforçado com tanques, artilharia, veículos anfíbios, engenheiros, e outros veículos de combate. O Elemento de Combate Terrestre é composta por um esquadrão de aviões e helicópteros. O Elemento de Serviço e Suporte de Combate é o Grupo de Serviço e Suporte da Unidade Expedicionária, que está encarregada de administrar as logísticas da Força Expedicionária. A composição de uma Unidade Expedicionária depende da tarefa a ser realizada, dependendo desta tarefa, unidades adicionais de artilharia, tanques e aviões podem ser adicionados, incluindo esquadrões de F/A-18 Hornets e Harriers.
Existem geralmente três Unidades Expedicionárias assinaladas a cada uma das Frotas da Marinha Americana do Pacífico e do Atlântico, com outra Unidade Expedicionária em Okinawa. Enquanto uma Unidade Expedicionária está em missão, outra Unidade está em treinamento, pronto para realizar esta dada missão, e uma terceira está em descanso e remanejamento. Cada Unidade Expedicionária é avaliada pelo Corpo de Fuzileiros Navais, em relação à capacidade de realizar operações especiais.
Uma Brigada Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Brigade, ou MEB) é maior do que uma Unidade Expedicionária, e possui contingentes aéreos e de suporte maiores.
Uma Força Expedicionária de Fuzileiros Navais (Marine Expeditionary Force, ou MEF) é composta por uma divisão de fuzileiros navais juntamente com um regimento de artilharia, diversões batalhões de tanques e uma asa. A 1a Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, criada em 8 de novembro de 1969, que foi enviado ao Iraque em 1991, durante a Guerra do Golfo, e também ao Iraque mais recentemente, em 2003, consiste em duas divisões de fuzileiros navais mais uma força considerável de unidades aéreas e de unidades de suporte.
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